Vladimir Putin não exclui a possibilidade de a Russia apoiar uma resolução das Nações Unidas para punir o uso de armas quimicas na Síria, mas quer provas.
Questionado numa entrevista à agência APTN e ao canal russo de televisão Chanel One, Putin respondeu:
“Não excluo essa possibilidade, mas gostaria de chamar a atenção para um aspeto crucial. De acordo com a lei internacional, só o Conselho de Segurança da ONU pode avalizar o uso da força contra um estado soberano. Nenhum outro pretexto ou método pode ser usado para justificar o uso da força contra um estado independente e soberano. É inadmissível e só pode ser interpretado como uma agressão”.
Um recado direto a Washington. Putin lamentou que Obama tivesses cancelado o encontro que estava previsto entre os dois.
Na entrevista, o presidente russo disse ainda que congelou o fornecimento dos componentes dos mísseis S300 ao regime sírio, mas que se forem dados passos para violar o direito internacional, vai refletir sobre o que fazer no futuro, sugerindo que pode mesmo vender os mísseis a outros países”.
A entrevista ocorre dois dias antes da reunião do G20, em São Petersburgo.
A cimeira que deveria abordar os desafios da economia global, será certamente dominada pela crise internacional provocada pelo alegado uso de armas químicas pelo regime sírio.
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