sexta-feira, 30 de outubro de 2015

Banco volta a emprestar dinheiro aos particulares

O Banco de Poupança e Crédito (BPC) retoma a concessão do crédito a particulares e prevê introduzir a exigência de um seguro de vida para a tramitação desse tipo de empréstimos, revelou ontem, em Luanda, o presidente do conselho de administração do banco.
Paixão Júnior afirmou que o banco está a conceder crédito a particulares ainda “de forma tímida” por continuarem a faltar recursos. “Começámos ‘pequeninos’ e ‘limitados’ porque contávamos com alguns recursos que ainda não estão na nossa posse. Então, limitamos de certa maneira a analise e a abordagem sobre os créditos a particulares.” 
O presidente do conselho de administração do BPC declarou que, por enquanto, os trâmites para a concessão desses empréstimos são os mesmos, mas está em estudo a possibilidade de se passar a exigir um seguro de vida aos aderentes, em decorrência de decisões de especialistas do banco. Paixão Júnior afirmou que o seguro de vida só não foi ainda introduzido no processo de concessão de crédito pelo momento de restrição financeira que a economia angolana atravessa, o que tornava os empréstimos dispendiosos para os clientes.
“Ainda não começamos a exigir os seguros de vida porque entendemos [que este] não seria melhor o momento para o introduzir. Se calhar seria muito caro para o mutuário e não estaríamos a resolver os problema das pessoas que nos fossem  procurar para arranjar recursos”, disse Paixão Júnior.   O presidente do conselho de administração do Banco de Poupança e Crédito sublinhou que, quando o banco tiver condições que permitam expandir os empréstimos, vai exigir o seguro de vida, “porque nesta altura temos recursos e, ai sim, a exigência vai ser muito maior”. 
O BPC Salário, um dos produtos mais procurados pelos clientes do BPC, continua suspenso apesar da forte pressão para a sua retoma. Há apenas um produto que ainda não abrimos, que é o BPC Salário pois, pela sua natureza e pela pressão que exerce sobre os recursos do banco,  ainda não é o momento da sua abertura”, afirmou Paixão Júnior. 
O BPC anunciou nos últimos meses de 2014 um processo de cobrança coerciva do crédito malparado que foi de 17 por cento do total concedido em 2013 e 23 por cento no terceiro trimestre de 2014.   

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