sexta-feira, 30 de outubro de 2015

Valentino Rossi colecciona rivais

Um dos pilotos de maior sucesso na história, com 7 títulos da MotoGP, um de 250cc e mais um de 125cc, o italianoValentino Rossi também é o mais rico de todas as provas de motociclismo, auferindo um salário anual de 12 milhões de dólares, além de uma fortuna acumulada em  USD 135 milhões ao longo da carreira.

Em 2014, o piloto ganhava simplesmente 4 milhões a mais que o 2º piloto mais bem pago da categoria, justamente o espanhol Marc Márquez, e USD 8 milhões a mais do que seu principal concorrente pelo título na actual temporada, o também espanhol Jorge Lorenzo, por sinal seu colega de equipa.
Conhecido tanto pelo talento como por fazer de tudo por uma vitória, Rossi é, também, um dos pilotos mais odiados do circuito. Apesar do seu jeito extrovertido e engraçado, o piloto italiano tem uma série de inimigos, que sempre o acusaram de jogar sujo e também de ser ególatra.

Líder da MotoGP, com 312 pontos, Rossi chega à última prova da temporada, o GP de Valência, na Espanha, como favorito a mais um título, mas Lorenzo, com 305 pontos, também tem possibilidades de ficar com o título. A corrida será no dia 8 de Novembro, e o piloto espanhol certamente contará com a força da claque, enquanto o italiano terá que aguentar as vaias, além de ter que lagar na última fila como punição. Mas nada que Valentino Rossi já não esteja acostumado. As maiores inimizades de Rossi.

MAX BIAGGI
O talentoso italiano, detentor de quatro títulos da 250cc, tornou-se o inimigo nº 1 de Valentino Rossi durante os seus anos de MotoGP, entre 1998 e 2005. Biagi testemunhou o nascimento do fenómeno Rossi, com quem disputou cada curva no limite da lealdade.

A relação tornou-se péssima no GP do Japão de 2001, quando Biaggi deu uma cotovelada e mandou Rossi para a relva - tudo isso a 240km/h. Valentino Rossi, que seria campeão da MotoGP pela primeira vez naquele ano, não se deu por vencido, voltou para a moto, acelerou loucamente e ultrapassou o adversário logo na volta seguinte e durante o acto mostrou o dedo médio a Biaggi, numa imagem imortalizada na história do motociclismo.

Na mesma temporada, os dois chegaram às vias de facto e trocaram socos durante o pódio do GP da Catalunha, vencido com Rossi, com o inimigo logo na cola.

Nos quatro anos seguintes, os rivais continuaram como inimigos, com brigas à mistura com frequência. Biaggi deixou a categoria maior em 2005, e hoje disputa a Superbike, modalidade na qual facturou dois títulos.

GIBERNAU
Um caso clássico de amigos que passaram a odiar-se devido à briga de egos. Rossi e o espanhol eram considerados bons parceiros, e frequentemente eram vistos a dividir uma cerveja após as corridas. No entanto, tudo mudou após o GP do Qatar de 2004.

Na ocasião, Valentino Rossi fez a pole position, mas Gibernau, ao saber que a Yamaha havia feito algumas modificações na moto do adversário para lhe dar vantagem na hora de driblar a areia do circuito, reclamou formalmente.

Os organizadores aceitaram o protesto, e Rossi teve de largar na última posição. Durante a corrida, teve um acidente e não somou pontos, dando continuidade a um fim de semana de pesadelos.

Após o episódio, Rossi acusou Gibernau de "jogo sujo" e rompeu relações com o amigo. Os parceiros, que antes bebiam e riam juntos, passaram a não mais se falar e a trocar acusações nos bastidores.

Depois de o espanhol deixar a MotoGP, em 2001, eles foram aos poucos se reconciliando, e hoje já não se consideram inimigos. No entanto, a amizade dos velhos tempos nunca mais voltou.

CASEY STONER
Detentor de dois títulos da maior categoria do motociclismo, o australiano foi outro piloto que colocou Valentino Rossi na sua lista de desafectos. O episódio mais marcante dessa briga aconteceu no GP de Laguna Seca de 2008.

Naquele fim-de-semana, Stoner, que era o campeão à epoca, dominou todos os treinos e fez conseguiu "pole". Ele era o favorito na corrida, mas foi ultrapassado no fim por Rossi,  uuma manobra polémica, que deu a vitória (e mais tarde o título) ao italiano.

Após a corrida, o australiano revoltou-se, reclamou que a manobra de Valentino Rossi na pista "desrespeitou todos os limites da lealdade" e disparou: "Perdi todo o respeito que tinha por ele".

A inimizade manteve-se por três anos, mas, no GP da Espanha de 2011, em Jerez de la Frontera, Rossi tentou pedir desculpas e estendeu a mão a Stoner. Casey, que seria campeão nesta temporada, recusou, dizendo que o italiano havia deixado o seu ego ultrapassar o seu talento.

O australiano retirou-se das pistas no ano seguinte, sem nunca ter reatado a relação com Valentino Rossi.


Lorenzo  é o amigo mais “hostil” de Rossi

Jorge Lorenzo talvez seja o inimigo "mais amigo" de Valentino Rossi. O espanhol é o único que pode tirar o título do italiano na actual temporada. Curiosamente, eles são companheiros de equipa na Yamaha, mas sempre deixaram claro que, antes de parceiros, são adversários ferrenhos. Não é por acaso que Rossi sempre se referiu a Lorenzo como seu "primeiro inimigo".

"Nós temos uma boa relação, de respeito, tanto dentro quanto fora das pistas. Mas, como todos sabem, o seu colega de equipa é seu primeiro rival, porque ele tem a mesma moto que você. Logo, ele é meu primeiro inimigo. É o primeiro piloto que tenho que vencer", disparou o líder da MotoGp, em entrevista recente.

Apesar de ter dois títulos da maior categoria das motos, Lorenzo nunca teve 100% de respeito de seu colega de equipa. Rossi sempre considerou que, nos anos em que o espanhol facturou o título (2010 e 2012), eles não competiram em condição de igualdade.

Em 2010, por exemplo, Rossi quebrou a perna no meio da temporada, dando o título "de bandeja" para o colega. Já em 2012, o italiano pela Ducati, e considerou que a sua moto era inferior à de Lorenzo, da Yamaha.

Hoje, eles até se dão bem e até tiram selfies juntos nas redes sociais. No entanto, a boa relação teve que ser construída aos poucos, já que depois que o espanhol foi contratado pela equipa japonesa, em 2008, Rossi, temeroso com a chegada de um adversário de alto nível, ordenou que as boxes de ambos ficassem separados por uma parede, além de proibir qualquer troca de informações entre os mecânicos.

Após o episódio da queda em Marc Márquez, porém, a situação voltou a azedar, depois que Lorenzo criticou a punição dada a Valentino (largar na última fila em Valência).

"Não acho que tenha sido uma boa decisão. Ele (Rossi) colocou Marc (Márquez) para fora, e Marc ganhou 0 ponto, mas ele levou 16. Acho que foi injusto, talvez por conta do nome dele não sofreu punição pior. É inacreditável. No mínimo, Valentino deveria ter ficado com os mesmos pontos que Marc. Ele não terminou a corrida e marcou 0 ponto. Então, Valentino Rossi deveria ter sofrido o mesmo. Mas isso acontece. A direcção da corrida tomou essa decisão e nós temos que respeitar, mas não concordo", reclamou.


Mundial
Jorge Lorenzo nega que tenha um pacto com Marc Marquez para este o ajudar a vencer o Mundial de MotoGP. Valentino Rossi, colega de equipa de Lorenzo na Yamaha foi o primeiro a levantar as dúvidas sobre os objectivos de Marquez no que resta do campeonato, depois do GP da Austrália.

Após os incidentes entre Il Doctore e o piloto espanhol em Sepang, a imprensa italiana voltou a pegar no tema e afirmar que Marc Marquez tem como objetivo atrapalhar Rossi e assim ajudar o seu conterrâneo Jorge Lorenzo a vencer o campeonato. Algo negado pelo espanhol.Eis o comunicado da equipa de Jorge Lorenzo

"Eu, Jorge Lorenzo e a equipa, queremos desmentir de forma oficial e categórica tudo o que foi publicado nas últimas horas sobre uma possível reunião ou pacto entre Jorge Lorenzo e Marc Marquez, uma informação ridícula e sem fundamento que foi publicado ontem pelo (jornal italiano) La Republica e posteriormente replicado em outros jornais italianos.

Sem querer alimentar ainda mais esta situação desagradável para o piloto, queremos expressar o nosso desagrado por este tipo de rumores, que não tiveram o direito ao contraditório antes de serem publicados. Reiteramos uma vez mais que toda esta informação é totalmente falsa.

Por outro lado, também queremos desmentir que Jorge Lorenzo tenha estado com a direcção de corrida depois do Grande Prémio da Malásia, como escreveram alguns meios de comunicação sociais, algo negado pelo próprio Jorge Lorenzo em conferência de imprensa".

A próxima e última prova disputa-se em Valência. Lorenzo precisa de vencer e esperar que Rossi não fique, pelo menos, no terceiro lugar. O italiano vai partir da última posição da grelha, devido ao castigo que lhe foi aplicado, por ter feito cair Marc Márquez em Sepang.


Avó de Marquez na polémica

A polémica queda de Marc Márquez no Grande Prémio da Malásia continua a dar que falar em Espanha e em Itália, onde a comunicação social revela a existência de um encontro entre os espanhóis Jorge Lorenzo e Marc Márquez em Andorra para prejudicar Valentino Rossia nas provas do Mundial.
À imprensa espanhola, a avó de Marc Márquez afirmou não compreender a atitude do neto, uma vez que tinha o italiano como um ídolo.

"Eram grandes amigos, não entendo porque lhe fez aquele truque sujo. O meu neto tinha Rossi como um Deus", afirmou Soledad Márquez, que manifestou também a sua vontade de ver Valentino Rossi perder o título no GP da Comunidade Valenciana para o espanhol Jorge Lorenzo.
"Espero que não ganhe, oxalá não ganhe", atirou a avó de Marc Márquez.

Apesar da polémica queda de Márquez, provocada por Rossi, em Itália alguns órgãos de comunicação social revelam a existência de um acordo entre Jorge Lorenzo e Marc Márquez para prejudicar o italiano, apelidando-o de "Pacto de Andorra". A guerra está feia e terá a sua conclusão no próximo dia 8 de Novembro em Valência.

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