segunda-feira, 9 de novembro de 2015

Economia de Angola faz face a desafios em 2016, diz FMI

O Fundo Monetário Internacional avisou que a situação económica e financeira em Angola continuará  a ser “um desafio” em 2016 porque não se espera uma recuperação dos preços do petróleo.

Numa declaração emitida após consultas com as autoridades angolanas o FMI disse contudo que o crescimento da economia angolana em 2016 deverá “permanecer estável”  em cerca de 3,5%.

Por outro lado o orçamento de 2015 permitirá que o deficit governamental caia para 3,5% do  Produto Interno Bruto  contra 6,4% registados o ano passado.

O FMI diz que no final deste ano (2015) as reservas internacional de Angola  deverão cair para 22.300 milhões de dólares ou seja cerca de 7 meses das importações  previstas para 2016.

Na sua avaliação o FMI disse que  a dívida publica angolana deverá aumentar “significativamente” até ao final deste ano  para 57,4% do Produto Interno Bruto,  acrescentando que a inflação deverá atingir até ao final do ano 14% “excedendo o objectivo do Banco Nacional de Angola de 7 a 9%”.

“O choque (da descida) do preço do petróleo reduziu de forma significativa a receita fiscal e as exportações, o que trouxe para primeiro plano a necessidade de resolver de forma mais enérgica as vulnerabilidades, diversificar a economia e melhorar a gestão da volatilidade das receitas petrolíferas”, destaca o FMI que  sublinhou a importância  do governo levar a cabo  “reformas estruturais ambiciosas” para garantir  a estabilidade macroeconómica e a “sustentatbilidade da dívida”

“A prioridade deve ser dada em tornar o mercado de trabalho mais flexível, promover o investimento privado, melhorar o ambiente de negócios, especialmente reduzindo a burocracia, facilitando o processo de incorporação de companhias e fortalecendo o primado da lei e melhorando as infra-estruturas físicas e o capital humano”, diz o comunicado que advoga também a continua redução dos subsídios aos combustíveis expandido ao mesmo tempo ajuda bem delineada aos pobres.

Fonte VOA

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